Os 5 benefícios de se investir nessa área
As medidas apresentadas são simples de serem adotadas. No entanto, muitas empresas questionam se o retorno apresentado é válido. Para comprovar, apresentamos a seguir os benefícios, que são significativos. Confira!
1. Aumento da produtividade dos colaboradores
A redução do número de acidentes e doenças ocupacionais gera melhoria da produtividade. A consequência é derivada do menor tempo de interrupção do trabalho, já que absenteísmo, presenteísmo e concessão de licenças geram prejuízos à empresa.
Para se ter uma ideia, uma pesquisa da International Stress Management Association no Brasil (ISMABR) mostrou que 89% dos trabalhadores entre 25 e 60 anos sentem sintomas físicos do presenteísmo. Ele costuma vir acompanhado de dores musculares constantes e de cabeça.
Mais que isso, 86% dos profissionais têm problemas de ansiedade e 81% informaram sentir angústia com frequência. A pesquisa ainda apontou que 23% dos adultos são presenteístas, sendo que, no setor industrial, o índice chega a 35%. Não existem pesquisas sobre absenteísmo no Brasil. De toda forma, o índice aceitável fica em torno de 3% a 4% ao mês. O cálculo é feito da seguinte forma: total de horas ausentes × 100 ÷ total de horas trabalhadas pelo colaborador Se você calculou e chegou a um índice maior que 4%, saiba que precisa agir. Essa é a comprovação de que sua empresa precisa de cuidados com a saúde e a segurança corporativa.
2. Retorno sobre o investimento
A adoção de boas práticas no ambiente de trabalho sempre traz retorno. A diminuição de faltas inesperadas e a capacidade maior de concentração dos colaboradores são dois dos fatores relevantes. No entanto, é possível calcular o RI para ter garantia da eficácia das medidas adotadas. Para isso, utilize a seguinte fórmula: ganho financeiro custo ÷ custo × 100 O custo representa o valor empregado para implementar as políticas de saúde e segurança trabalhistas. O mais difícil é mensurar o ganho financeiro. Nesse caso, você pode utilizar a redução do absenteísmo, a queda no número de acidentes laborais, o aumento da durabilidade dos equipamentos adquiridos etc.
Vale a pena escolher uma das variáveis e calculá-la de forma isolada para ter uma noção mais clara do resultado. Por exemplo, se você deseja saber sobre a diminuição dos acidentes, estipule um período e veja quantos imprevistos ocorreram. Digamos que você escolha um intervalo de 1 mil horas. Nesse período foram verificadas 10 ocorrências, que custaram R$20 mil para a empresa. Por isso, você define que fará um treinamento de segurança aos colaboradores. Essa medida exige um investimento de R$2 mil. No entanto, os acidentes foram diminuídos para cinco incidentes, com custo de R$10 mil, ou seja, metade. Com a aplicação dos valores na fórmula, temos um resultado de 400%, porque: 10.000 -2.000 ÷ 2.000 × 100 =
400. Assim, a prática trouxe um retorno quatro vezes maior que o investimento. Portanto, valeu muito a pena. Tenha em mente que qualquer resultado acima de 100% indica que a empresa recuperou o valor empregado e teve lucro.
3. Redução de custos
As medidas de segurança e saúde no trabalho impactam os custos, porque trazem efeitos a longo prazo de forma contínua e constante. A redução é verificada das seguintes formas:
- Mitigação da apresentação de licenças médicas e indenizações geradas por acidentes;
- Redução do tempo de parada da produção;
- Diminuição da taxa de sinistralidade do plano de saúde.
Em relação ao último ponto, é importante mencionar que o pagamento às operadoras representa o segundo maior custo das empresas — perde apenas para a folha de pagamento. Isso acontece porque há aumento anual, com crescimento médio de 10% em 2019. Nos últimos sete anos, a alta acumulada atingiu 149%.
No entanto, com o uso consciente dos planos de saúde pelos colaboradores e a redução de acidentes e doenças físicas e mentais, seu negócio tem maior poder de negociação. Como o reajuste adotado é o modelo fee for service, você tem chance de argumentar e obter percentuais melhores e até abaixo da média brasileira.
4. Crescimento da responsabilidade social
A responsabilidade social das empresas consiste na adoção voluntária de comportamentos e posturas que elevam o bemestar dos colaboradores. É isso que a organização conquista quando se preocupa com a saúde e a segurança dos trabalhadores.
Junto a isso, são adotadas ações mais sustentáveis, que geram uma cultura positiva. Os efeitos são percebidos dentro e fora do local de trabalho, especialmente no que se refere à produtividade.
5. Melhoria da imagem da empresa
A prioridade dos cuidados com saúde e segurança corporativos melhora a reputação da empresa perante clientes, parceiros e outros profissionais. Essa preocupação aumenta a motivação e o engajamento dos colaboradores, especialmente porque eleva a sensação de pertencimento.
O resultado é um clima organizacional melhor e mais seguro, com aumento do bemestar de todos. Além disso, o negócio se posiciona melhor no mercado, o que favorece a reputação, e se torna uma autoridade no segmento em que está inserido.
A saúde no trabalho e o bem-estar dos colaboradores
Ao longo deste post, vimos que a melhoria da saúde dos profissionais impacta a produtividade e a eficiência dos processos executados. Sem se preocuparem com problemas e doenças, há menos chance de haver o presenteísmo e a apresentação de licenças médicas. Ao mesmo tempo, as medidas de segurança do trabalho impedem a ocorrência de acidentes derivados de cansaço, desatenção ou estresse. Por isso, vale a pena investir no cuidado integrado, que alie a saúde digital (high tech à humanizada (high touch).
Essa iniciativa aumenta o engajamento dos colaboradores aos programas clínicos implementados. Com isso, há melhoria dos resultados e aumento do ROI. A questão é: como colocar essa ideia em prática?
O ideal é usar um aplicativo apropriado, que contribui com o engajamento e gera relatórios por meio da modelagem preditiva. O app também sinaliza quem faz parte da população de risco e auxilia na criação de estratégias para contenção de custos. Tudo isso traz vantagens para os negócios. Entre as principais estão:
- controle do estresse, que tende a impactar a produtividade e as dores de cabeça e musculares;
- redução do absenteísmo, já que, quanto mais satisfeito o colaborador estiver, mais tende a comparecer ao trabalho e se sentir confortável no ambiente;
- diminuição do presenteísmo, porque a pessoa se sente menos cansada e tem mais concentração;
- mitigação das doenças ocupacionais, que podem aparecer devido a um ambiente insalubre, à falta de ergonomia ou à carga de trabalho excessiva;
- redução de gastos com assistência médica e da sinistralidade do plano de saúde, porque os programas específicos evitam o surgimento de patologias, como diabetes, hipertensão, osteoporose, ansiedade, obesidade, depressão e mais.
Como fica claro, a saúde no trabalho está diretamente ligada ao bem-estar dos colaboradores e à visão que eles têm sobre a empresa. O sucesso de todas as iniciativas depende de um trabalho conjunto, que deve começar pela organização para engajar e estimular os profissionais. Ao realizar todas essas medidas e, especialmente, contar com ajuda especializada para implementar a saúde e a segurança no trabalho, você sente os efeitos positivos. Depois é só mensurá-los pelas formas que apresentamos. Tenha certeza de que os resultados serão positivos.